Tomando como ponto de partida a arte contemporânea e a Marcha Gualteriana de Guimarães, a exposição explora o momento da destruição dos carros alegóricos, e incorpora elementos artísticos cunhados de “ingénuos” ou “kitsch”, para encontrar aí formas de catarse e renovação culturais.

A matéria que será aproveitada, desenvolvida e problematizada assentará maioritariamente , mas não exclusivamente, na Casa da Marcha, terreno pouco baldio de despojos e manigâncias, que funcionará como “quartel general” e entreposto, bem como maternidade para um ambivalente “bringing up” de problemas e questões afetas ao objeto; o seu valor ou a sua objetivação, ao pensamento etnográfico e a sua possível trasladação e convivência para e com a esfera da espaço expositivo, da arte contemporânea ou do museu, à liberdade do fazer fazendo, e outros conteúdos que surgirão manifestando-se no decorrer do processo. A partir  destas primeiras perguntas e das vindouras, alvitra-se uma mostra questionadora e memorialística que não esqueça a coevidade inerente a todas as questões que serão levantadas, nesta que, se augura ser uma enfática demonstração de Fazer Arbítrio. Estúdio Origami